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domingo, 30 de outubro de 2016

Os Cronistas do Descobrimento do Brasil - Hans Staden

Hans Staden
Varias pessoas vieram ao Brasil no séc. 16  em busca de informações, descobertas, experiencias e entre outras coisas. Umas destas pessoas foi um cronista alemão chamado Hans Staden.
Hans Staden fez duas viagens ao Brasil: A primeira viagem, ele veio sobre o poder do rei de Portugal( el-rei de Portugal) e a segunda viagem ele veio sobre o poder do rei da Espanha(El-rei da Espanha), ao todo o tempo das duas viagens em que ele ficou no mar e no Brasil foi de 8 anos e meio. Ele faz um relato minucioso sobre as duas viagens( sobre "as péssimas experiencias que teve")

Viagem ao Brasil - Observações do autor

Viagem ao Brasil
  • Sobre os índios ele fala as suas experiencias que ele teve as péssimas e as boas. Ex.um exemplo com uma tribo dos tupinambás, foi que eles o aprisionaram e fizeram pressão psicológica nele,dizendo para ele que ia comer-lo. No relato dele ele cita algumas tribos de índios, como o que foi falado os Tupinambás, Cariós, Tupiniquins e os Markaya.
  • Por ele ser uma pessoa muito religiosa ele em nenhum momento ele abandonar a sua fé,em vários momentos ele pede para que Deus salvo-o ou algum índio(para tentar salva a sua própria pele), em uma parte ele se comparar com jesus cristo( ele em um momento de sofrimento ele fala que jesus sofreu nas "mãos dos judeus").
  • Ele fala das experiencias em alto mar, ele mencionar as tempestades que quase naufragaram os navios que ele estava, ele faz uma menção de luzes azuis no mar( em que ele acreditava que era sinal de Deus, para informa-lhes do bom tempo que vinha pela frente. ele chamaram essas luzes de santelmo ou corpus santon).
  • Menciona contato com outros europeus(portugueses,franceses,alemães e espanhóis)e alguns africanos e que cada um fez para lhe ajudar ou atrapalhar ( sim, para atrapalhar, pois os franceses não gostava dos portugueses-espanhóis e vice-versa).
  • Relata sobre a Fauna, dos peixes que vistos no mar, quando ele estava vindo para o Brasil. ele vê albokores, bonitas e pisce bolador ( ele fala que quando amanhecia o navio dele tinha muitos desses peixes, pois como eles ficavam pulando eles caiam dentro).

Opinião minha sobre o livro Viagem ao Brasil

Viagem ao Brasil é uma obra excelente, de fácil compreensão, historia boa (se você começar não quer para até saber qual o fim dele) e por fim, para os historiadores ou curiosos sobre a historia do Brasil, é um bom relato sobre como as pessoas agiam naquela época.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Os Cronistas do Descobrimento do Brasil - Padre Manuel da Nóbrega

No que diz respeito aos eventos que desencadearam o Descobrimento do Brasil, há diversos relatos e documentos oficiais que envolvem toda uma atmosfera de Desconhecido e Exótico Nestas terras.

O constante permutar entre o fascínio e o temor sobre o que acontecia no Novo Continente era motivo para o exercício intelectual de relatos de importante registro histórico (mas de veracidade questionável) os ocorridos nas viagens empreendidas por tão corajosos homens da Coroa portuguesa(seus comportamentos, suas diferenças com as da fauna europeia e até seus sabores), a Flora (sua beleza, seu exotismo e seus valores no mercado), a aventura (e os perigos)do jar e, principalmente, os Nativos eseus hábitos alimentares (desde plantas e frutas até carne humana).

A estes, denominamos Cronistas. Verdadeiros colaboradores na construção do imaginário da época sobre estas terras, até então, desconhecidas. Nesse período, os europeus que aqui desembarcavam produziram tanto material que tal período ficou conhecido como Quinhentismo (derivado de 1500), que pode ser entendido de duas formas:
    Literatura de Informação (textos sobre as viagens ou primeiras impressões das terras desconhecidas)
    Literatura de Catequeze  (textos e tratados que visavam nortear os Nativos para a Cultura da Igreja)


A HISTÓRIA DO PADRE MANOEL DA NÓBREGA

O padre português Manuel da Nóbrega (1534 - 1597) veio ao Brasil (enquanto ainda atendia pelo nome de "Terra do Brasil"), auxiliado por Jesuítas e pelo militar Tomé de Souza e tinha como trabalho catequizar os Nativos.

Aportou na região da Bahia em 29 de Março de 1549 e atuou com outros indivíduos religiosos pela catequeze, além de personalidade de bastante evidência na fundação de São Paulo.

A Antropofagia praticada pelos Nativos já era alvo de registro por parte do alemão Hans Staden e foi combatida fortemente pelo Padre Manuel da Nóbrega em seus documentos.

SEUS DOCUMENTOS  E REGISTROS

 Ainda sobre seus registros deixados, chegou a escrever vários documentos sobre a realidade dos Nativos naquela época, como o Diálogo sobre a Conversação do Gentio, considerado o primeiro texto em prosa escrito no Brasil. Também podemos citar o chamado Tratado contra a Antropofagia, que foi tema de diversas cartas do referido padre.

Dentre seus manuscritos e documentos com registros de suas experiências nesta terra, podemos destacar:
  • Diálogo sobre a Conversação do Gentio (1557)
  • Caso de Consciência sobre a Liberdade dos Índios (1567)
  • Informação da Terra do Brasil (1549)
  • Informação das Coisas da Terra e Necessidade que há para Bem Proceder Nela (1558)
  • Tratado Contra a Antropofagia (1559)

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Só Eles Sabem - A Parede que a Ditadura Não Apagou.

Foto de Kellyane Silva

DITADURA MILITAR NO CEARÁ


Na Ditadura Militar, assim como na maioria dos Estados brasileiros, o Ceará não ficou de fora e deu sua contribuição para compor essa parte de nossa História. Quando visitei o Memorial da Resistência  (Rua Pereira Filgueiras Nº 4 – onde anteriormente funcionava a Secretaria Municipal da Cultura), observei o nome ARGENTINA cavado na parede. Perguntei ao Mediador que me acompanhava sobre a curiosa inscrição e sua resposta foi incisiva: “Só eles sabem”.

Durante a Ditadura Militar no Brasil, ali funcionou a sede da Polícia Federal, local de horror cujas paredes foram testemunhas dos “Anos de Chumbo” pelos quais o Brasil passou, tendo início no ano de 1969 e findando, em 1974.

O prédio em questão não pode ser comparado à “Casa da Morte” (Petrópolis ­ RJ), no entanto se equipara ao Terror que era feito com aqueles indivíduos que se mostravam contrários ao governo vigente.

Foto de Kellyane Silva

No endereço acima citado, existe uma cela, onde os chamados “Contraventores” capturados passavam seus dias encapuzados aguardavam seu “interrogatório” no segundo piso do prédio. Cela suja, fechada, abafada, doentia, as horas ali não passavam, mas se arrastavam junto com a Esperança de alguns de ver o Brasil um país melhor.
O que fazer naquele local estando nessa situação?
Foto de Kellyane Silva
Riscavam as paredes como calendários, nomes aleatórios, além de frases incompletas, descobertas após uma restauração da parede antiga. Depois de ouvir a resposta do Mediador, fiquei imaginando quem seria o responsável pela inscrição ARGENTINA, e de tantas outras que pude observar.

ASS, NÃO CHORE PELO LEITE DERRAMADO, 943 IBRAHIN, GUILHERMO < PAZ.
Foto de Kellyane Silva
Tenho certeza da importância de um lugar desses e de sua manutenção e visitação, pois não podemos esquecer nossa História. Jamais varrer para debaixo do tapete tudo que aconteceu, ou pior, fingir que esse período foi confortável.

Na intenção de impactar o visitante, as paredes foram revestidas por uma tinta preta, deixando o local mais sombrio. O ar condicionado, agora ali instalado, não ameniza em nada a sensação de prisão e desesperança que enche aquela Cela.
Foto de Kellyane Silva

MEMORIAL DA RESISTÊNCIA EM FORTALEZA

No Memorial da Resistência, podemos observar uma modesta tentativa de lembrar os Desaparecidos da Ditadura: uma parede, em frente da cela, grafitada, o que lembra rostos dos Desaparecidos. Pude perceber que aqueles rostos continuam perdidos na história do Brasil.

O acervo conta com fichas de presos. Tive acesso à ficha de um dos presos, um jovem estudante, Claudio Augusto de Alencar Cunha. Quem foi esse estudante que tinha uma ficha de prisão, sua comunicação era interceptada e foi anexada a sua ficha. Chamou-me atenção um prontuário, em branco, fiquei intrigada o por que deste prontuário, pois ali não seriam registrados toda a sorte de atrocidade que acometera este estudante.
Foto de Kellyane Silva


Finalizando minha indicação, vá até este local e vivencie.  Realização da Prefeitura de Fortaleza com parceria da Butuca Produções, com apoio dos grupos Os Aparecidos Políticos, 64/68 e documentos e peças do Arquivo Público do Ceará, Museu da Imagem e do Som, da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel e Comitê Memorial, Verdade e Justiça do Ceará.

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