A chamada Arte Sequencial (como é definido o estilo História em Quadrinhos no quesito Arte), é muito valorizada lá fora, muito diferente do que ocorre no Brasil, onde tal gênero é sinônimo de produto destinado ao público infantil.
Histórias em Quadrinhos são uma ótima opção para abordar a História. Para citar apenas alguns exemplos:
- Asterix (Albert Uderzo e René Goscinny - sobre conflitos do povo gaulês e os romanos de forma satirizada)
- Papyrus (do belga Lucien De Gieter - sobre Egito Antigo)
- Hadashi no Gen (do japones Keiji Nakazawa - sobre o ataque das bombas de Hiroshima e Nagazaki)
- Dampierre (do belga Yves Swolfs - sobre Revolução Francesa, Napoleão e a Comuna de París)
- Versailles no Bara (da japonesa Riyoko Ikeda - sobre Revolução Francesa - mistura personagens fictícios com pesonagens reais)
- Maus - A História de um Sobrevivente (do estadunidense Art Spiegelman - sobre o Holocausto, representando os grupos étnicos antropomorficamente).
É comprovada a eficácia do uso de Histórias em Quadrinhos na didática da disciplina de História (sendo redigidos muitos, não apenas pelo fato de que há maior interesse nesse tipo de Layout do que nos livros convencionais, mas pela liberdade que os autores tem para retratar Fatos Históricos.
Aqui no Brasil, a Editora Brasil-América - EBAL (fundada em 18 de Maio de 1945 por Adolfo Aizen) é considerada uma das pioneiras na produção/edição das primeiras Histórias em Quadrinhos dedicadas a temas históricos.
É interessante verificar que a referida editora trabalhava suas publicações com uma abordagem Positivista, já que as histórias eram criadas por Historiadores que valorizavam a prevalência do Herói documentados nos registros históricos.
Capa da Edição de "Da Colônia ao Império - Um Brasil para inglês ver..." |
Com novas possibilidades, podemos destacar a coleção com o sujestivo nome de "Redescobrindo o Brasil" (Editora Brasiliense), com uma releitura descontraída dos principais Fatos Históricos envolvendo a História do Brasil. Em primeiro, "Da Colônia ao Império - Um Brasil para inglês ver e latifundiário nenhum botar defeito", um trabalho de Lilia Mortiz Schwarcz (Historiadora e Antropóloga) e Miguel Paiva (Cartunista e Diretor de Arte).
Capa da Edição de "Cai o Império - República Vou Ver" |
Concordo com que se publique mais histórias em Quadrinhos falando sobre o Brasil, desde a descoberta até os dias atuais, mas sem parcialidade ou ideologia, contar como realmente aconteceu, e não aos pedaços, picados e escondendo fatos!!!
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